sábado, março 30, 2013


NOTURNO VOO VERTICAL



Quão espessa a tessitura da noite
Se mais que o silêncio a entreteça,
Ainda embora o peito sôfrego acoite
Esse abraço que só a distância terça…  

Mas a voz desce ao fado, tange-o
Melancólico ao dedilhar das ondas;
E o barco do destino, por contágio
Balança o ser em repetidas rondas.



Circulares e centrífugas todas elas
Numa espiral em contraluz cerzida,
Se a ternura solta ao vento as velas
Para receber e doar a própria vida! 

3 comentários:

  1. Belo, muito belo o que escreveu!

    Adorei!

    Maria Luísa

    p.s. escrevo poesia (os7degraus"

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  2. Obrigado, minha amiga Maria Luísa Adães, por seu apreço e sensibilidade. E pela sugestão de visita ao seu blogue, que me possibilitou o contato com sua excelente criação poética. Volte sempre, desfrute, partilhe, minha amiga! *** _/\_ *** :D

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  3. Meu amigo,

    O blogs é um encanto!

    Amei voltar!

    Maria luísa

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