sábado, junho 14, 2014

RUMORES



São como hinos, as mãos silenciosas
Nos gestos precisos e exatos,
Das feirantes de artesanatos
Que capricham, capricham
Sem, porém, serem caprichosas.

Replicam, consertam, e recriam
Como quem executa pura magia,
Se cerzem uma simples meia…
E nesse cerzir de falas cuidadosas
Tecem e entretecem a melodia
Das aranhas apanhadas na teia.


J Maria Castanho

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