segunda-feira, outubro 06, 2014

HISTÓRIA DO CHÃO, A MEMÓRIA




Se me outono
Me estremeço…
Ligo o sono
E amareleço.

Se não tem dono
O ano qualquer,
Me abandono
Pelo que vier…

Nisso me meço
Coisa nenhuma,
E co qu’esqueço
Viro caruma(*).

Húmus futuro
Seiva presente,
Grafito o muro
Sou toda gente.

J Maria Castanho


(*)Caruma – casca que envolve a castanha quando ainda está verde.

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