sábado, abril 09, 2016

SABER VER




SABER VER 

Não sei medir os instantes
Que eu passei perto de ti, 
Pois nada do que fui antes
Sobreviveu ao que vivi. 
E do dia sequer guardei
Quaisquer outros momentos
Que vinculassem como lei
Pelos actos, plos intentos
Do sangue em ebulição
A gritar aos quatro ventos
Por quem me bate o coração; 
Por quem oscila a certeza
De só haver uma estação 
Pràs flores da natureza... 

Sobretudo porque em mim
Só floresceu a alegria
Quando teu olhar pôs fim
Ao ver que não teu sabia. 

Joaquim Castanho

Sem comentários:

Enviar um comentário