Mito da Conjugação Conseguinte
Para além de ti e de mim
Dos sonhos que não fomos
Dos gritos que não soubemos murmurar
Há um mundo esfarrapado de lata-dor-morte.
Para além de ti e de mim
Há o baile de más/caras e papéis
Há a guerra e paz dos locais públicos e cafés.
Mas, muito para além, de ti e de mim,
Das coisas, das cruzes e da sorte
Há o verbo nós
... A palavra –
Eu-nós somos
Tu-nós queremos
Ela/Ele-nós podemos
Nós-nós fazemos
Vós-nós temos
Elas/Eles-nós vamos – infinitamente
Conjugada nas mãos do sangue que nos corre livremente.
Mãos dadas porque dados nos demos
Não nos vendemos nem nos trocámos
E, então, assim tomados, conseguimos!
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