A cadência da batida do tear dispõe
Enquanto vestes o tempo de flores coroadas
Marca o ritmo da consciência compõe
A sopesar, a transferir as cores bordadas
Para o horizonte que se quer distanciar…
Cresceste-me como um ventre inaugural
A redoma do destino na imensidão da planície
A lente de alvorar à estrela incondicional
Afinal a heurística desse sempre que nos inicie
Como se cada passo fosse o derradeiro primeiro passo
Cada voz a incontornável revelação de sermos sós
Cada laço lasso a única maneira de darmos nós
Cada nó a distância feita atreita à curva do compasso
No desembaraço do balanço redondo da redoma plural.
Havia de dizer-te entre as folhas
Como luz esgarçada saltitante
A bailar na sofreguidão da tarde
Que conforme no verbo me recolhas
Assim perecerá a sombra distante
Deste Sol que por nós em nós arde!
3 comentários:
Palavras-em-fórceps.
Ou intenções vincadas, marcadas, insistidas... e Escrever não é uma maneira de dizer as coisas?
Olá J. Maria, prazer em conhecer seu espaço poético. Quanta sensibilidade em seus versos ! Agradeço o carinho de sua visita e interesse em acompanhar meu trabalho. Até a qualquer momento. Grande abraço,
Úrsula Avner
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