135.
PEDIDO DE EXÍLIO
Sei que exilar-me de mim é urgente
– Nada corrobora esta quietude:
Fico ensimesmado, se entre gente
Só a pensar-te, na mesma atitude
De quando isolado, ou sozinho,
Me perco entre as paredes da casa
Ou vagueio por qualquer caminho,
Divagando com a cabeça em brasa.
E se o constato, por tão evidente
Também lhe reconheço outra virtude:
A de ficar a saber que o carinho
É uma pátria suprema, querida,
Onde os beijos edificam o ninho
– E o pedir… Qualidade de vida!
Joaquim Maria Castanho
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