Sileno Ourives Forja Infinitas Almas
"Levanta os dedos: cinco
e outros cinco – dez.
Erguidos para o Sol,
Translúcidos rebentos."
(Egito Gonçalves)
Morrer é fechar a porta com o gesticular mudo
Esquecer surdo, ficar às escuras e boquiaberto
Ter a língua de quem corta ou bifurca em tudo
Inocentes bocas puras com a aridez do deserto.
Fazer das crianças letra morta, pesponto sisudo
Ou ponto cruz cinzento dos bolsos nas costuras,
Que cada trapo comporta na rodilha do entrudo
Entre refegos das texturas e sacanas com canudo.
Morrer é erigir perto o santuário do silêncio, aqui
Escola do medo e ignorância na gestão autárquica,
Preferir a missionária razão exemplar da suástica
Ao segredo da transparência que em teus olhos vi,
Teus dois seios afoitos rompendo auríferas @uroras
Cálice de silene ousada a fabricar infinitos agoras!
2 comentários:
Muito bonito.
ABRAÇO:)
Ps:Quando se guarda a beleza a luz surge em todo o seu esplendor...)
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