Metáfora do Fruto Coroado
Foi no avelã maduro dos teus olhos que se me crestou o ser
E a alma, em ti de tanto procurá-los nela sem fundo me vi
E se alguma, agora calma, sinto neles, por eles sinto e subi
Ao ver quanto me vendo deles afinal desvendo só de mim,
Que sou teu, como não sendo outrem e ninguém será assim
Solidão aberta relha de arar o chão ardente num secreto ver
Asilo rendido ao anil silente do sol alquimia e récita antiga
Como no gral se mói o sal e desejo em romã doce e amiga!
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