O CARETO DA ALDEIA
Aprumado e distinto
O senhor da aldeia,
Põe o sorriso na cara
Quando a coisa ‘tá feia.
E os comuns mortais
(Que ele sempre ignorara)
Perdoam-lhe a ideia
D’ele os julgar iguais
Se precisar dos demais.
E dizem: «É coisa rara,
Nossos parentes que tais,
Que andam sempre de má cara
Mesmo a arrumar no tinto…
Aprumado e distinto
Faz-nos sempre cara feia…
Se não tem fisgada ideia!»
J Maria Castanho
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