HISTÓRIA DO CHÃO, A MEMÓRIA
Se me outono
Me estremeço…
Ligo o sono
E amareleço.
Se não tem dono
O ano qualquer,
Me abandono
Pelo que vier…
Nisso me meço
Coisa nenhuma,
E co qu’esqueço
Viro caruma(*).
Húmus futuro
Seiva presente,
Grafito o muro
Sou toda gente.
J Maria Castanho
(*)Caruma – casca que envolve a castanha quando
ainda está verde.
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