SONETO DA NOVA ERA
Quando na linha aberta das mãos a voz
A palavra acto de infligir o verbo ser
É a circunstância circunstancial de nós
E os ombros antes vértices do gesto o dizer
Então, já descobrir é pouco ainda amanhã
Silêncio onde poluídas as intenções
De ruidar em estar no aqui é coisa vã
Como o agora parado das estações
Do ano, como do tempo, e neste duas só
Há: a de quando estás e és e a de quando
Vindo a caminho chegando sopras o pó
De ser em sendo pouco a pouco amando...
E esperado e dito e imaginado e feito
Luta por um lugar dentro do mesmo peito!...
Sem comentários:
Enviar um comentário