ÚLTIMA PARADA (ou ESTAÇÃO DE FIM
DE LINHA)
Pois aqui, as pessoas chegam
Dos mais diversos destinos…
E não raras até morreram
Passo a passo plos caminhos.
Trazem ainda as rusgas nos pés
(Diligências de que foram alvos!)
E nos bolsos, cordas e corcéis
Com que montaram carrocéis
De pouca-terra, e desagravos.
Ao nada que lhes deu a vida
Ao nada que a vida lhes deu
O vão diluindo na memória,
Crendo que com essa partida
Arreiem piparote na História.
E aí, põem de parte o talão,
Capricham as datas na tarjeta,
Pendurando da guita, o cartão
Com a biografia, ou etiqueta.
J Maria Castanho
Sem comentários:
Enviar um comentário