ABSORTO TE ABSORVO
Há um Império de lonjura
Entre nós Pessoa chamou-lhe O Quinto
Mas, mesmo assim, na candura
Dos dias procuro o mar entrançado, e sinto
As vagas encaracoladas do ser
A enlear-me em sonhos que não sei dizer.
És o segredo de cada passada
O verbo aflora rimas ancestrais
E, na manhã da manhã, esperada
Sobre xis de cromossomas maternais,
Ditas poesias pelos céus diamantinos…
O sol empurra-te para o outro lado;
Porém, seguro-te, estendendo-te o olhar
Descuidado, para te guardar (ensimesmado).
Joaquim Maria Castanho
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