O SEGREDO DAS CORRENTES PROFUNDAS
No diluído tempo, sublime instante
Sentindo o sentido com que absolvo
O sonho de perder o sentir diletante.
E ficar imerso nesse pulsar novo
Da profundidade pura e constante,
Com que eu mesmo em mim me absorvo
Perante ti, tal se de mim fosse ante…
Então, toda máscara cai; e esse ator
Cujas personagens pueris já vesti
Naufragam, afundam-se tão-só ante ti
Para, transparentes e sem nenhum favor
Serem afãs vassalas do único amor –
Que unicamente elas sabem que senti!
Joaquim Maria Castanho
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