O GUARDADOR DE VINHAS
É suposto haver medo
Na penumbra do receio…
Quem sabe, se tal enredo,
Não nos seduz, e nesse enleio,
Enamorados, guardamos segredo
Do quanto estamos amedrontados?
O que nos é dito, nem ouvimos;
E o que sentimos, logo apagamos,
Aind’assim alguém não o note,
Enleado no lodo e nos limos,
Controversos moinhos e panos,
De todos os Sanchos sem Quixote!
J Maria Castanho
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