O SONHO NÃO É SONHO
Quando te digo o sonho
Aprendo-me contigo
A escapar ao medonho
E a fugir do perigo.
Que a voz se liberta
Libertando-nos com ela;
Logo-logo nos desperta
E acorda a "Cinderela"
– Assim tão uma, tão de repente
Que o sonho, não é sonho... é gente!
Que ao dizer-te primeiro
Bem antes de tudo o mais
Me faço teu aio escudeiro,
Mentor de aedos e jograis;
E que nunca esquecem gratos
De tanta felicidade ter,
Pela Senhora cujos atos
Lhe conferem são parecer
– Assim tão uma, tão de repente
Que o sonho, não é sonho... é gente!
Primeira de primeira lei,
Par mas de ímpar gesta;
Que a ela devo quanto sei
E sem ela o saber não presta.
Que meu dizer é por si só,
Depois partilhado a eito;
Moído grão a grão sob a mó
Por quem me bate o peito
– Assim tão uma, tão de repente
Que o sonho, não é sonho... é gente!
Joaquim Castanho
(Imagem:Princesas da Disney)
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