LÍNGUA
SALTITANTE
Solta-se
algo que não digo.
Solta-se
o verbo que não grita.
Solta-se
a língua do perigo
De
dizer que estava aflita.
Depois,
como quem se debruça
Do
promontório do onírico,
Fica
na paisagem avulsa
A
tranquilidade com que fico...
É
uma espécie de vingança
Ficar
feliz por um rebuçado,
Como
só sucede à criança
A
saltar solta de cuidado!
Joaquim
Castanho
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