O MURMÚRIO DO OLHAR
Há
ainda (e também) um eco de sombra,
Como
um repentino refrão de espera,
Em
que outro sol se esmera e desdobra
Espelhado
no siar manso duma Quimera,
Que
povoa todos os instantes fitando
O
mais leve estremeção, mexer de vida
Entre
matas e estepes do espaço-quando,
Pronta
ao picado voo e imediata descida.
Tem
a presa da certeza presa à garganta.
Tem
o arqueado reflexo, o disparo solto.
E
na caçada acesa a esperança é tanta,
Que
murmura para o vento: «Eu volto...»
«Eu
volto...» «Eu volto...» «Eu volto...»
«Eu volto...»
Joaquim Castanho
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