DA INVEJA DAS ESTRELAS
O eco da luz nos espelha e arde
Entre demais vozes que ecoam,
Já que nunca para nós será tarde
Se cristalinos sinos no céu soam...
Que essa voz imensa e nobre nos abre
Suas portas prà alegria duradoira,
Onde mais brilha a pomba que o sabre
Enquanto o sol à tarde aloira.
Mas nas sombras o candeeiro d'esquina
Que o coração acendeu por cada lar,
Escreve com diamantes e platina
Que as noites não esperam por chegar;
Delas, as estrelas, mil olhos de ninguém
Olham o querer-bem,e põem-se a invejar.
Joaquim Castanho
Sem comentários:
Enviar um comentário