NEM TODA A PÍLULA É REMÉDIO
Que todo o poema é hermenêutico
Por mais sucinto e breve que seja,
Sabe-o a pena do poeta, se é ético
E em prosa verseja, como assim veja
Mais-valia em qualquer prosar poético,
Se pla poesia integral a não almeja...
O seu sentido é fechado, é circular
E diz, não dos sentidos o que é vulgar
Mas o que é matriz d'êxtase e empatia;
Pois que dizer em verso não é pecar,
Nem tem nexo o desejo que vê e quer sexo
No polissémico amplexo da poesia.
Todo o poema volta a si mesmo no fim.
Do que resulta, ser de si propedêutico;
E se nem todo o verso é poema, assim
Não é remédio o placebo farmacêutico.
Joaquim Castanho
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