DÚVIDA
PENDULAR
Decido-me
irremediavelmente pelo empréstimo
Dum
tempo irrevogável sabendo dizer-te
Apenas
nisso, o espaço exterior ao fora
Como
quem salta à corda com a linha da vida.
No
mais, deixo escorregar uma lágrima
De
silêncio cristalino refletindo aspas
Chavetas,
parentes próximos e distantes
E
aquela lucidez que só os moribundos têm.
Alguns
mais perseguidos que a própria sombra
Adormecem
frente à televisão na babugem da noite;
Outros,
discutem o que fazer prò almoço d’amanhã.
Porém,
em cada qual a incerteza deposita seu ovo,
Fecundada
insegurança, dúvida suspensa do fio do tempo
Como
um fio da teia que aranha do ser se esqueceu de acabar.
J
Maria Castanho
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