TÉNUE
E TÍMIDO LUAR
Rendida
a voz que da lua espreita
O
níveo brilho acalenta a vida;
Assim
é o fulgor que teu olhar deita
Ante
essa luz da manhã prevenida,
Já
que o sonho habita a leda voz
No
seu grafitar profundo em nós,
Estes
traços a giz em lousa partida.
E
o verbo puxa-lhe fogo estival.
Ensina-lhe
o esgrimir azul da fala.
Pisa
os calos à serôdia moral
Que,
tardia, quer revelar mas cala;
Capitula,
baixa os braços tensos
Amarfanhando
suas fraldas e lenços
Nos
soslaios que o silêncio exala.
J
Maria Castanho
Sem comentários:
Enviar um comentário