O
EURO TAMBÉM ESTÁ NA MODA
Nossos euros, inglórios restos, de
dígitos estreitos
Arredondados no defeito rimado da
quadra estéril,
Sem o verde pino e canções de amigo,
rios e leitos
Cuja foz é postigo aberto virado prò
oceano fértil,
São palavras que ferem como ferro
fundido, aço vil,
Incêndios de pobreza, berço para
marginais atreitos
À queima da floresta social, e plantio
da mente senil,
Que eucalipta o luso coração, e o dos
egrégios peitos...
E mais que tudo, são ainda palavras
estigmatizadas
Ou tabus de quantas carteiras vazias,
ocas e ardidas
São pela dívida, défice e desemprego
escancaradas;
É que de tão esticadas em nobres usos
e contas tidas
Se fizeram esbeltas e ganharam linhas
adelgaçadas,
Metendo inveja às meninas pela
passerell perdidas!
Joaquim Castanho
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