FORTUNA ÍMPAR
Tenho a fortuna do meu lado
Presa, imediata. Inaudita
Que, plo sigilo ata,
Enleia, evola, fumo inalado
Por que a alma fita
O íntimo lacre, nó, sonho selado
De Vénus a Marte
Ligados, quando teu cabelo balanceia...
São fios de puro mel
(Ouro liso descendente)
Entretecendo sílabas no papel,
Écran de fragrâncias de luz dulciquente.
As princesas do Olimpo, fadas, deusas
Preenchem agora o espaço de tua passagem;
E no vazio que deixaste ficar, ei-las presas
Inebriadas, capitulando ante a sublime miragem.
Joaquim Castanho
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