SÓ HÁ UMA VIDA
E assim, repentinamente,
Tudo passa a bater certo:
O que acendia, é fulgente;
O que só havia, fica perto.
Tenho teu rosto na mente;
Eu preso nele, ele liberto...
Que todo poema é semente
Mesmo nas dunas do deserto.
Desertos cheios de gente:
Esponjas que não apagam!
Que a flor é pra quem sente,
Não porque sentidos a tragam
Em tropel, ou de investida...
É aspergir sonhos com o mel
De teus olhos, que são a vida!
Joaquim Castanho
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