SABER VER
Não sei medir os instantes
Que eu passei perto de ti,
Pois nada do que fui antes
Sobreviveu ao que vivi.
E do dia sequer guardei
Quaisquer outros momentos
Que vinculassem como lei
Pelos actos, plos intentos
Do sangue em ebulição
A gritar aos quatro ventos
Por quem me bate o coração;
Por quem oscila a certeza
De só haver uma estação
Pràs flores da natureza...
Sobretudo porque em mim
Só floresceu a alegria
Quando teu olhar pôs fim
Ao ver que não teu sabia.
Joaquim Castanho
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