PELO RIMAR REMAMOS
Imprevista a voz na omissão
Pondera e supõe; todavia
Temos para cada ocasião
Uma fala que não porfia:
Sugere de manso, que dizer
É já repetida exaustão –
E perguntar aos olhos se querem ver
Seria omitir-lhes a própria função...
No adro urbano, intemporal
Em que expetativas passeiam,
Braço dado, aspiração plural,
Romarias à porta, procissão
E banda, as gentes anseiam
Mudar seguras, e gerir as incertezas
Com todas as cartas sobre as mesas.
Direito legítimo lhes assiste.
Versos querem e não discursos.
Que a razão com razão persiste
Prà'lém dos estigmas, tabus obtusos.
Joaquim Castanho
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