OVOS DE PEDRA FRIA
Dia em que te não vejo
A poesia morre,
E a palavra corre
No invés do desejo.
É um rio sem leito,
Um lago sem água,
Débil pulsar, peito
Exangue de mágoa.
É um grito doído,
Na solidão suprema
Do granito polido
Dum seixo rolado
– Qual ovo sem gema
Pelo verbo chocado.
Joaquim Castanho
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