COROA DE FLORES
Como a sede inventa a fonte
Ou o desejo a alucinação,
Assim eu invento quem conte
Entre as frondes da solidão;
E que embora aí faça ninho
Não sendo ave, nem anjo também,
É quem conta prò meu caminho
Pelos caminhos que a vida tem.
Margem do ser, ledo horizonte,
Aonde tenho as minhas cores,
Esses diademas por cuja fronte
Anseiam filigranas às flores.
Joaquim Castanho
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