ILUSÃO DE ÓTICA
Há poemas compulsivos, retraídos
Reféns do receio n'olhar; capazes
Mas que assim se manterão perdidos
Entre as brumas dos mais audazes.
Creio que nasceram já consumidos
Quase peregrinos (e contumazes),
Prà alimentar o ego aos destemidos
Aguerridos com sentidos vorazes.
Imploram desculpa sem ter errado.
Aspiram ao perdão apenas porque sim.
E se os notam, põem-se de lado
Aind'assim não pensemos que estão afim.
São poemas cuja rima nunca alude
A dizer quanto seu olhar ilude!
Joaquim Castanho
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