PONTO ASSENTE E FORMATADO
Invento-te como se não existisses
E a realidade fica-te apertada,
Mas se nunca te pedi que a despisses
Foi porque sem ela a nudez não vale nada.
A diferença não acolhe esquisitices
Nem credos sem lei emancipada;
Nem se enreda por essas malandrices
De quem mostra e depois fica chocada -
Com o que vê. Com o que pensa. E o que sente.
E é sempre essa coisa equilibrada
Entre o nascido e o perecido (jazente)-
Outra forma disforme mas formatada
Para parecer o que jamais deixou de ser:
Ponto assente entre gente tão amada
Que s'a invento é só prà não esquecer.
Joaquim Castanho
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