CAFUNÉ DA MANHÃ
Almocreve na caravana das alquimias
Tropeiro sou de ideais tresmalhados
Prisioneiro de polissémicas apreensões
Acerca do futuro digo divagada foz
Delta de presentes inconsumados.
E duvido amanhã do que hoje sei…
Respigo utopias e sonhos perdidos
No abandono entre as algas boreais
Repetindo verbos sujeitos a outroras
Gizando mapas de intenções avulsas
Nenúfares de agoras pelos pontos cardeais;
Escorreitas libelinhas afloram o limo verde,
Esperança parada à tona dos dias no paul
Da existência, esse tédio pessoano em caldo morno.
Porém, coral, esponja viva embebida em ti
Respiro-te a seiva de hera doce e mágica
Sol meigo de brisa na espiga madura
De teus cabelos de seda na sede dos lábios.
J Maria Castanho
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