OPERÁRIO DA DESGRAÇA
No registo do éter volátil,
A saudade pesada e fria
É sentimento acre, e táctil
Lâmina a rasgar o coração do dia…
Fere para além de toda a dor,
Massacra mais que adversário;
É duplo dano, múltiplo inimigo,
Pedreiro do muro do desamor
A trabalhar, cego operário,
Para nos proteger do perigo
– Com mui pior e fero perigo!
J Maria Castanho
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