À FEIÇÃO DOS VENTOS
Tenho um adjetivo debaixo da língua
Como s'ele fosse sinónimo de perfeição;
Percorre-me a face, bem pouco à míngua!,
Num sorriso desenhado pela tua mão.
Risca de leve, num pintar tão mansinho,
Que até parece que a brisa tem defeito,
Quando borboleteia em sereno jeito
De ar – ou pluma – a murmurar carinho...
Então, falho de medo, abro-lhe o peito,
E ouço-me apenas exclamar: «Perfeito!»
Joaquim Castanho
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