ALMA AFLITA
Nada conheço do mundo
E nada sei do futuro;
E nada sei do passado,
Nem nada sei prematuro,
Sequer primeiro, segundo
Ou terceiro por lembrado,
Além desse mar imenso
Pelo que agora penso
Como náufrago libertado…
És uma tela infinita
Onde o mar sonha perder-se,
Por que cada onda grita
Como se fosse esquecer-se
Do cabelo a que pertence;
Razão desta alma aflita
Cuja cérebro acredita —
E exige ao coração que pense!
Joaquim Castanho
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