ETERNA NAUFRAGRÂNCIA
Naufrago a cada passada tua
Nas ondas desse mar que é só teu,
Espraiado na branca luz da lua
Onde a sublime beleza nasceu…
De recaída em recaída flutua
Ora o ser que ao ver o teu cedeu
E sucumbido, ébrio acentua
Mil odores na solidão do eu.
E assim, no quase ínfimo sou
Hino rendido ao que só tu és,
Quando meu ser fluindo voou
Para recair tão-só a teus pés —
Que és no mar do céu infinito
O eclodir da luz, sonho e grito!
Joaquim Castanho
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