POEMA SUSPENSO
Tenho um poema pronto
Entre o infinito e aqui,
Redondo com’um ponto
Ou a pintinha dum i.
De tez calada, tonto
Pelas saudades de ti,
Já que não fala, conto:
«Não cai, porque não te vi.»
É poema em suspensão…
De tempo limitado…
Que tem a sua duração
Na oscilação aberta
Que aperta o coração —
S’ele entra em cuidado!
Joaquim Castanho
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