ESTADO DE CHOQUE
Nada sei de quem serei
E já desconheço quem fui,
Que sucumbido m’achei
No rio que rima, e flui
Inaudito, dourado
De espiga, e de grito
Sobre azul celebrado.
Então, fico sem jeito,
Troco os pés pelas mãos;
Ouço sinos no peito
Com rebates nos desvãos,
Onde escondo a eito
Sonhos, pleitos, devaneios…
— À fantasia tão alheios!
Joaquim Castanho
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