NUVEM ARDENTE
Distante mas breve
Como quem escreve
A magia do dia
E serve, tão leiga
Na fácies, meiga
N’alegria dolente
Ao ser a semente
Doce da poesia…
Assim t’encontrei eu
Ápice de meu eu
Que ao véu desceu
Pra que luz houvesse
E fosse esse esse
Que me entretece
Espuma — e frágua.
E doesse sem doer
Magoando a mágoa:
Cabelo a escorrer
De ondas sem água!
Joaquim Castanho
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