A VIDA PÕE; O DESTINO, DISPÕE
Se os olhos fecho, então vejo-te;
Mas abro-os, e, logo, procuro-te.
Minha vida é a tua residência
Fixa, a que nem mesmo a ausência
Ou os desencontros podem adiar…
Decorei-te. Teu rosto é o meu mapa,
O conteúdo, a narrativa e a capa
Quando viro páginas, a respirar.
Impressas no fogo brando da visão
Tuas faces são agora realidade
Constante, quer eu te veja, como não
– Esteja em casa, ou na cidade!
Se penso, minha mente, foge para ti,
De quem olha em frente e mais nada vê...
Porém, nunca me canso de ver quem só vi
Tão raras vezes – noutros motivos e porquê.
Joaquim Maria Castanho
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