CRUZADA PORTUGUESA
Na contracapa da madrugada
A tarde desconhece a brisa,
E se lhe toca é um quase nada
De ar que não passa nem alisa
Teus cabelos de ninfa celta,
A desaguar (caídos) em delta.
É esse o sufoco prà inspiração.
Essa esponja que sentir apaga.
Essa a mudez que a voz amarga
– Fraga se naufraga a navegação.
Mas a saudade, à velocidade
De cruzeiro, diz que é verdade
Andar assim, por ti, a saudade
A cruzar o mundo inteiro!
Joaquim Castanho
Sem comentários:
Enviar um comentário