TRÊS VEZES TRÊS
Por três vezes o nácar cintilou
Entre os breus da existência,
E em todas elas meu ser voou
Num grito (calado) de urgência…
Arrebatado sim, e premente
Preso à eterna luz fulgente
Do universo que a vida criou.
Encontro triplo, tripla magia
Que a cintilar germinou, talvez,
Outras tantas pétalas de poesia
Que se hão de multiplicar por três.
Até o infinito da imensidão.
Até o crepitar da madrugada.
Até que os corpos sejam a razão
Da alma perdida, se encontrada
Ao cubo de si, pérola da voz
A escalar as rampas da memória,
Da beleza que escreveu em nós
Seus dias… – e própria história!
Joaquim Maria Castanho
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