Querer mandar na alma, é coisa vã,
Que o não pode sequer Deus, ninguém;
Mas a minha, desde cedo – desta manhã!–
Que me anda num virote, desalmada,
Mandando ela em mim, manda nela também.
Pois nada quer do que eu lhe proponho...
Nem sossego, quietude, sensatez.
Porém, se ela sonha, eu também sonho,
E fica a sorrir por tudo e por nada,
Repetindo só um nome, uma e outra vez.
E já mais de mil vezes me disse... – Nã-na-na-nã!
Joaquim Castanho
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