A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

segunda-feira, novembro 17, 2008

Luz Una e (In)divisa de Sustentar os Astros

Manhã ainda e os meus pintassilgos voam como golfinhos
Nos céus descrevem ondas de emulsão em linhas de balanço
Riscam o azul boreal com vagas de cores num chilreio vivo
Cantam de amarelo as asas sublimes hinos devotos ao Sol
Par de solistas trinando suas estrofes à realidade de Arina
Nossa rainha de luz sobre as águas nas violetas esvoaçantes
Cujo vazo de guerra é tão-só a concha solta nas dígitas mãos
Livre com seu molúsculo encarniçado das marés em fogo
Vulva doce seda mansa sobre a imensidade azul oceânica
Gesto de Gea gritado voo dos ombros cumes do tenso arco
Pleno e esbelto colo com ambos os seios apontados a Ítaca
Meu amor sob a fresquidão das palmeiras de folhas hititas
Serei teu na soprada brasa de repetir o cintilar das estrelas
Por cada noite na lua cheia sob quadrícula toalha da Aurora
Na tenda em círculo apenas iluminada por esses teus olhos
Aqueles olhos são todos os olhares que vêem os fundos mares
Sombras no rosto de jade na matiz do lótus à tona do lago
Espelhado oásis que nunca regateia a equina sede de Borak
Nave de galopar sonhos como golfinhos na bruma galáctica
Serei teu, porque irremediável é a entrega que nos sustenta
Voz incendiada na cruz das palmas frescura amena em regatos
Matinais riscas da alma em xis como seus incógnitos destinos
@cesos na álgebra soletrada por Ísis na união das liberdades...

segunda-feira, novembro 10, 2008

Soneto Suspenso em Ondas Luisinas

Ledos os últimos se insurgiram ao sistema antigo
Antes soturno e insignificante à utilidade literária
E livres usaram a irreverência sábia de aspergir
Alvoradas sobre as insalubres urnas da liberdade
Locais de usura e impotência sofisticada adulação
Adornaram sentido aos indiferentes utentes do livro
Leram a unicidade infinita da sociedade das artes
Arderam ao Sol incandescente da união langorosa
Legaram ultramarinos ícones de saudade e ausência
Abrigaram segredos indizíveis no útero das liras
Louvaram unas incandescências na sorte de Arina
Alisaram de sonhos infinitos os ulmeiros e louros
Legítimos ulanos do idílio no siar dos argonautas...