A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sábado, abril 18, 2020

ISTO





#ISTO

Do amar, do viver,
Só o faz,
Quem é capaz...


De o fazer!

Joaquim Maria Castanho

quinta-feira, abril 16, 2020

PROMISCUIDADE SILÁBICA





A PROMISCUIDADE SILÁBICA

Os ditongos são sílabas guerreiras
Escudos que amortecem contundências
Beatas batidas, dor pra consoantes,
Ais em metades de coisas já inteiras.

Hão de continuar assim, imutáveis
Ocasiões pra ocar cavernas da voz,
Falsas gémeas, contudo derradeiras
Mal veem se algumas letras estão sós.

Por quaisquer causas se fazem plurais
E até se despem plo vicioso prazer
De mostrar com'as consoantes são mortais
Que andam com vogais que se deixam comer!

Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade

quarta-feira, abril 15, 2020

PEQUENA SEREIA





A PEQUENA SEREIA

Amar-t'é melhor do que respirar...

Se mergulho num obscuro mundo
Se mergulho na profundidade
Amar-t'é como respirar fundo
- É vir à tona suspenso do olhar.

É emergir do escuro profundo
- Nascer de novo em claridade.

É deixar minhas sílabas vogar
Cruzar distâncias até à praia,
Onde o azul da água se enleia
Como se godés de tua saia
- Ver-te meio tapada de areia...

Para simplesmente imaginar
Que sejas talvez uma sereia!

Joaquim Maria Castanho

sábado, abril 11, 2020

#CANÇÃO SEM BALA NEM ABALO





CANÇÃO SEM BALA NEM ABALO



O corpo é instrumento
De ser feliz, não de pesar.
É um desdizer que nos diz
Em cada hora, momento
É instrumento de ser feliz
Não de doer, nem magoar.


É barca de ser e singrar
Com alento, não de choro.
Dá prazer, e não lamento
Para querer, sem crer estar;
Pra combater o tormento
Sem laxismo nem decoro,
O corpo é instrumento
De dar prazer, não dá penar.


O corpo é instrumento
De ser feliz, não de pesar,
Seja rápido ou lento,
O corpo é instrumento
Não de doer, mas de amar.


O corpo quer só bom trato
E atenção, pra conseguir
Uma plena realização.
Não é pedra no sapato
Ou ingrato por condição
De coxeio, mas de sorrir.


Meio de gozo sem perversão
Nem ditado, que premeia,
Ou círculo quadrado,
Mas diz sim, se sim; não, se não
Em todo e qualquer lado
Se apraz, não esperneia
Meio de gozo sem perversão
Nem ditado que permeia,
O corpo é instrumento
De ser feliz, não de pesar,
Seja rápido ou lento,
O corpo é instrumento
Não de doer, mas de amar.



Joaquim Maria Castanho
Com foto de Elie Andrade

sexta-feira, abril 10, 2020

VIAGEM SILÁBICA





VIAGEM SILÁBICA



Hoje queria fazer-te um poema
Sem nuvens...
Daqueles imaculadamente
Eternos,
Cujos algoritmo e teorema
Seja passada suficiente
E demonstre teus olhos ternos.
Então, seria uma estrela
Um sonho puro, fulgente
Nave brilhante entre nuvens.
Grito de saudade, ao vê-la
Porque a não vês, mas só tu tens...



Hoje queria fazer-te um poema
Sem nuvens, apenas sol e azul,
Nave cujo leme, e lema,
Como um poema de viagens
Idílicas, rumasse ao sul.



Hoje queria fazer-te um poema
Sem receios, perdas, nem desdéns
Mas que te desse os PARABÉNS!



Joaquim Maria Castanho



sexta-feira, abril 03, 2020

ABRAÇO IDEAL





ABRAÇO IDEAL



Tenho sede de ti
De beber teu café
De trincar teu nome
Como quem morde uma estrela
Sábia e doce
É que ver-te é vê-la
Futuro quase ali
Alma que brilha
Mas não se consome.
Nota de rodapé
Flor
Que também o amor...
Perfilha!



Joaquim Maria Castanho