A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

terça-feira, junho 28, 2016

NA MAGIA DE UM «OLÁ!»




NA MAGIA DE UM «OLÁ!» 

Da minha luz tu és o topo
E da sombra t’escrevo, assim
Pois todo o poema é tropo
De contar o que contas pra mim: 
Não há sol d’infiel intento
Nem nuvens paradas no vento
Sem nelas soprar —só pràs dizer… 
E nessa espiral d’esperança
Tida num evolar fulgente, 
Somente o sonhar alcança
Fulgir que nem brisa de gente. 

Passas por mim como um aroma, 
Fragrância de sonho em flor, 
Que a vida para si só toma
O odor da beleza e esplendor!    

Joaquim Castanho

segunda-feira, junho 27, 2016

OS DESVIOS PLANEJADOS




OS DESVIOS PLANEJADOS 

Inoportunas como os anúncios do que não queremos
As escritas que advogam causas alheias e pueris, 
Se são bandeiras, estão rotas, farrapos, teses senis 
Esclerosadas, outros hematomas do que não vemos
Nosso, e muito menos dito, tido ou achado por nós,
São o invalidar das lutas e causas de nossos avós.  

Terão eles pelejado em vão? Essas causas que suas 
Foram nas trincheiras pelo futuro, que valeram 
E se valeram pereceram nas peugadas do vazio…?  
Sombras que nos esperam nunca nos ultrapassaram
Antes estavam escondidas nas esquinas das ruas
Procurando tresmalhados e incautos nos gentio, 
Propondo corrupções, vendendo templos, valores
Humanos em troca de futilidades mesquinhas.  

Raridades ao preço das vulgaridades e clichés 
Para desacreditar as pessoas sãs de princípios. 
Desprezo pelas coisas e aqueles seus amadores 
Que nelas se transformaram e cerziram linhas
De virtude nascidas do amor a comos e porquês; 
Que quiseram saber sempre mais do que sabiam
Já, se alguma coisa lhes era dado ser como saber.
Que sem se atropelarem quiseram ir na cabeça 
Do pelotão e das elites ou dos primeiros a cair
Quando o inimigo atacou, só pròs seus defender.   
  
Ninguém se salva nem a ninguém pela literatura
Nem pela arte, e muito menos pla sublime poesia
Que de todas mãe, magia das magias, regra, matriz
Há de ser igualmente a última rebelde, resistente
Ímpar, senhora e vassalo dos leitores e suseranos
Embora a vida de cada qual nunca lhe interessara, 
Jamais fizera questão de saber como e que fora ela
Não aspira a ser, ela simplesmente é, o seu recurso 
Próprio é sentir de alma, não o sentir da sensação. 
Não a esperança hipotecada da melhoria de nada…  

É por isso que o seu mister, racional, belo ou não 
Embora perfeito é desvio planeado pela ocasião. 

Joaquim Castanho 

sexta-feira, junho 24, 2016

OS POEMAS DO DIA SEGUINTE




OS POEMAS DO DIA SEGUINTE

Os poemas crescem entre gestos
Deambulam como sauros inquietos 
Desajustados e prontos à corrida. 
Estabelecem ligações, inocentes 
Enquanto sinais pra longes e pertos
Aperrando os punhos e os dentes
Da ânsia impotente que os conduz
Segrega desdém, ciúme, indiferença
Apego ao visceral pomo da atrofia.    
São os vertebrados do dia seguinte
Catastróficos nos enlevos, céticos 
Por interesse e necessidade de ser
Apodos com seus pés decepados
Para quem a fadiga é uma salvação
Cujo cansaço lhes induz a sensação
Do dever cumprido: «não ganhámos»
Dizem «mas demos o nosso melhor»,
Como se o feito os ilibasse da culpa
Os reabilitasse prò reino imaculado
Dos eficientes, e sem defeito visível
Capazes da maravilha do (super)ego
Exemplos de retidão, beleza, encanto
Suprassumo do autoconvencimento,
Mágicos do ideal para toda a prova.  
São poemas para ludibriar trouxas
Pessoas simples sem manias e porquês 
Cuja única consolação está no «Enfim, 
Não valemos nada, mas fomos escritos em inglês.» 
       
Referendiam-se, puxam pigarro anunciado 
Como uma partida sem regresso nem adeus. 
Os olhos comendo o cru e por mau-olhado 
Sem cruzes nem santinhos que sejam seus. 

Joaquim Castanho  

OS ATOS HEROICOS DOS LILIPUTEANOS




OS ATOS HEROICOS DOS LILIPUTEANOS 


Se venerassem a Nossa Senhora de Fátima
O resultado tinha sido outro certamente; 
Mas como são todos hereges e maniqueus 
Executaram de uma forma quase inteligente 
A desinteligência caraterística dos fariseus.  

Ao credo, desconhecem-no; e por culpados
Vêem apenas e sempre os demais. Dos ratos 
Dizem ser os primeiros a abandonar calados 
Mal calafetados, mas se surge a oportunidade
Dão-lhe caça incansável e açulam-lhe os gatos
Enquanto se põem a seco e salvo da iniquidade.    

E hoje, até ouvi dizer, que eles seriam o futuro… 
E que a Mancha, em vez de canal, ia ser um muro! 

Joaquim Castanho

quinta-feira, junho 23, 2016

CUIDAR É PREVENIR




 CUIDAR É PREVENIR  

Tentei, em vão, apagar-te
Do meu olhar interior, 
Mas a cola do sorriso é forte
Solidificou os laços entre nós; 
Que na vida a maior arte 
Sempre nasceu do amor 
Que há no combate à morte
Sem pílulas nem (a)pós.

Tudo se passa “antes” 
(Tempo próprio do afeto), 
Que o errado dos “amantes” 
É o contrário do certo. 

Joaquim Castanho  

MÁTRIA, OU ALMA DA PÁTRIA




MÁTRIA, OU ALMA DA PÁTRIA 

Se o vento sopra na vela
Todo o barco vai com ela, 
Que o impulso pessoal 
Transforma os coletivos 
Dando o cunho do real 
À concretização de normativos. 

Um povo, se dividido,
Quebrado pelos interesses, 
Se tiver alguém destemido
Pode mais que o desenvolvido,
Cumprido a lei todas a vezes
Que lhe seja dado escolher;  
Que a unidade sem cores
Nem corporativismos senis, 
Galvaniza os melhores 
Sem precisar doutros abris. 

Cada qual ajuda como puder
Se o fizer dentro do Direito, 
Que a Justiça é uma mulher
No interesse e no conceito.      
E a força nascida individual
Unida à de cada qual no eito
Conjuga o social no perfeito!

Joaquim Castanho 

quarta-feira, junho 22, 2016

AGRADECIMENTO AOS DOUTOS COMENTARISTAS




AGRADECIMENTO AOS DOUTOS COMENTARISTAS 

Pelas certezas que nos impingem
Como verdades incontestáveis, 
Agradeço a gentileza à vilanagem,
A sua bondade e sagaz galhardia,
Pois se queriam ser prestáveis 
Fiquem sabendo que não carecia.

É que a mim, ser simples e cidadão 
Habituado ao pouco e frugalidade, 
Basta-me o saber que seja ganha-pão
Arroteado nas courelas de verdade.

Joaquim Castanho

RIMAS POR DESFASTIO




RIMAS POR DESFASTIO 

Pois a mim, me disseram um dia
Como quem se cansou na espera,
Que a certeza tem tanto de fria
Como a ânsia em quem se esmera.
Que o mundo se é são, é tão louco
Que pedir-lhe pra ter compreensão,
É querer que o muito seja bem pouco,
E o nada tenha o tudo por dimensão.

Se calhar, coisas quiçá desconhecidas
Pra quantos, como eu, são desatentos
Aos nadas que nos preenchem as vidas
De inesquecíveis causas — e momentos! 

Joaquim Castanho

terça-feira, junho 21, 2016

SIMBIOSE UNIVERSAL




SIMBIOSE UNIVERSAL 

Aproximo o verbo de teus lábios, 
E o coração bate; 
Sonho-te entre sentires sábios
(Onde beleza te acate), 
E o coração acerta
Seu bater contínuo (concertado). 

Então, por esse dizer abraçado
O sentir nos desperta, 
Correndo mundo, lado a lado... 
- Mão que outra mão aperta! 

Joaquim Castanho

segunda-feira, junho 20, 2016

SABRES DE LUZ




SABRES DE LUZ 

As árvores são milagres
Qu'outros milagres têm em si, 
E se o sol desfere sabres
Não as cortam nem ferem, ali
Só ajudam aves nos ninhos
A aquecer ovos e passarinhos.  
E sentem orgulho, também 
Das famílias que alojam
E protegem dos predadores, 
Abraçando como uma mãe
Pra que melhor escondam
Com folhas os interiores
E filhos de seus inquilinos. 

As árvores são milagres
Onde milagres afloram, 
Defendendo como madres
Essas aves que as adoram! 

Joaquim Castanho

domingo, junho 19, 2016

PORMENOR IMPORTANTE




PORMENOR IMPORTANTE 

Hoje mataram a poesia... 
Apenas com uma frase! 
E todo amor que havia 
Ficou menos que quase. 

Há palavras que são balas
Ao atingirem o coração, 
Onde só o eco das falas 
Abala a maior paixão. 

Nada terá mais poder
Sobre os seres viventes, 
Do que esse ouvir dizer 
Em termos indiferentes. 

Porque se não contarmos nós
Para quem para nós conta, 
Até o continuarmos sós
Detalh'é de pouca monta. 

Joaquim Castanho

sábado, junho 18, 2016

INSTANTE LUMINOSO




INSTANTE LUMINOSO 

Passo a passo, ouço
Espera e encanto, 
Sem prantos avulso
Sob o sol, esse manto
De luz no dia em curso.

E a mais linda voz
Que a natureza tem, 
Nasce da luz em nós
Quando o teu olhar
Se nega a naufragar, 
E vem - sendo luz também! 

Joaquim Castanho

sexta-feira, junho 17, 2016

SOB O PESO DAS NUVENS




SOB O PESO DAS NUVENS

Rasga-me o choro pla voz ausente, 
Pranto dolente de quanto morro; 
Então imploro, e devoto crente
Sou a prece que em lágrimas corro
Nas faces da alma inconformada. 

O amor que nos diz bateu a porta
Assim que nos apanhou distraídos; 
E em vez da voz o silêncio corta
Pedaços de nós, já por si partidos. 

Aonde a vida traz o cunho da gente
Nada importa mas só tudo é nada, 
Sonhos derretidos, lava fulgente
Nuvem perpétua de cinza magoada.


Joaquim Castanho

quinta-feira, junho 16, 2016

ILUSÃO ÓTICA




ILUSÃO DE ÓTICA 

Há poemas compulsivos, retraídos 
Reféns do receio n'olhar; capazes
Mas que assim se manterão perdidos
Entre as brumas dos mais audazes. 
Creio que nasceram já consumidos 
Quase peregrinos (e contumazes), 
Prà alimentar o ego aos destemidos
Aguerridos com sentidos vorazes.
Imploram desculpa sem ter errado. 
Aspiram ao perdão apenas porque sim. 
E se os notam, põem-se de lado
Aind'assim não pensemos que estão afim. 
São poemas cuja rima nunca alude
A dizer quanto seu olhar ilude! 

Joaquim Castanho  

terça-feira, junho 14, 2016

A ESSÊNCIA NATURAL DO POEMA




A ESSÊNCIA NATURAL DO POEMA

Às vezes o poema está tão fundo
Que creio impossível vir à tona, 
A não ser que as vozes do mundo
Limpem área de sentido – zona
Semântica em que os conteúdos
Porfiam pela clareza singela 
De, sem ser pequenos nem graúdos, 
Se mostrarem flores à janela: 
Vitrina onde a transparência
É a virtude inigualável,
Que faz das palavras essência 
Do universo comunicável. 

Mas logo que se eleva a pulso
Subindo a trança da beleza, 
Traz sublimes verbos por avulso
Que são gritos d'alma... – e natureza! 

Joaquim Castanho 

domingo, junho 12, 2016

OMISSÃO INTENCIONAL




OMISSÃO INTENCIONAL 

A suprema felicidade
Carrega o grito consigo
Plo corropio da cidade, 
A ficar fora de perigo
Na pétala que osculo
Nesse cetim de ímpar flor, 
Se em devoção me anulo
Por uma prece - e fulgor
De ir para lá do lá sem fim
Até não haver mundo em mim - 
Só sonho sem fantasia: 
Qual querer sem ilusão
A respirar a cor ao dia
No silêncio da imensidão... 

E aí em voo me afadigo
(Contrapicado infinito), 
A ser o silêncio do grito
Dizendo... - o que não digo! 

Joaquim Castanho 

sábado, junho 11, 2016

EXPLICAR A LUZ PELA SOMBRA




EXPLICAR A LUZ PELA SOMBRA

Se tomado em pequenas porções 
nenhum tempo mata, 
a não ser que as condições
sejam afiadas lâminas de faca.

Algumas bem agrestes, por sinal
esclarecem com a obscuridade, 
que é a filha intemporal
do semelhante com a verdade. 

Casamento dúbio, já se vê
entre o adro e a caldeirinha, 
dando ao "como" razões de "porquê"
pra pintar o dia com a noitinha.

Joaquim Castanho

sexta-feira, junho 10, 2016

Pão, pão; queijo, queijo. b


PÃO, PÃO; QUEIJO, QUEIJO.




PÃO, PÃO; QUEIJO, QUEIJO. 

Se o modo encerra o jeito
E este é a atitude, 
Então, não vejo defeito
Em quem age com virtude 
- E estima plos demais, 
Sejam bonitos ou feios, 
De facto ou virtuais. 

A vida é de quem a sente
Sem pieguices nem freios: 
Se gosta, fica contente; 
Se não, foge aos enleios. 

Joaquim Castanho

A INVEJA DAS FLORES b




A INVEJA DAS FLORES b

Três pétalas encantadas 
E três sorrisos de magia 
São fortunas sublimadas 
Qual oásis e luz do dia
A dia brilhar, tão assim
Condão precioso de fadas
Para mil encantos sem fim 
- Até às noites estreladas... 

Exatamente essas mil 
Que serão mil senão mais,  
Tão ao jeito primaveril, 
Que as flores costumadas 
Já lhe querem ser iguais! 

Joaquim Castanho 

A INVEJA DAS FLORES




A INVEJA DAS FLORES 

Três pétalas encantadas 
E três sorrisos de magia 
São fortunas sublimadas 
Qual oásis e luz do dia
A dia brilhar, tão assim
Condão precioso de fadas
- Até às noites estreladas... 

Exatamente essas mil 
Que serão mil senão mais,  
Tão ao jeito primaveril, 
Que as flores costumadas 
Já lhe querem ser iguais! 

Joaquim Castanho 


terça-feira, junho 07, 2016

PONTO ASSENTE E FORMATADO




PONTO ASSENTE E FORMATADO 

Invento-te como se não existisses
E a realidade fica-te apertada, 
Mas se nunca te pedi que a despisses
Foi porque sem ela a nudez não vale nada. 
A diferença não acolhe esquisitices
Nem credos sem lei emancipada; 
Nem se enreda por essas malandrices
De quem mostra e depois fica chocada - 
Com o que vê. Com o que pensa. E o que sente. 
E é sempre essa coisa equilibrada
Entre o nascido e o perecido (jazente)- 
Outra forma disforme mas formatada
Para parecer o que jamais deixou de ser: 
Ponto assente entre gente tão amada
Que s'a invento é só prà não esquecer. 

Joaquim Castanho

MAR DE SEDA





MAR DE SEDA 

Nas olas do mar há uma estrela
Que baloiça e não naufraga, 
Como naufrago eu só de vê-la
E sobre outras ondas me traga
Assim, tão à toa, tão dolente
Tão confuso, tão inseguro
Que julgo não haver mais gente
Dentro deste castelo sem muro - 
Que a vida é -, tragando ainda
Luas e marés, cheias de carinho
Onde se aninha a estrela linda
Com esse mar doce e mansinho. 

Joaquim Castanho

NAUFRÁGIO ORIGINAL




NAUFRÁGIO ORIGINAL 

Escuto o movimento de teus jeitos
Precisos, compenetrados, rigorosos, 
Que exatos advogam novos pleitos
Entre idos feitos e ditos valorosos... 
A tua reserva descobre conceitos, 
Limpa do pó metáforas e aplausos, 
Empresta brilho e demais preceitos
Às imagens, analogias, e (des)casos. 
Que lado a lado se aferem comparadas
E se perfilam em contida expetativa, 
Já que livres de tão sujas dedadas
Renascem estrela nobre e ativa
Mãe da poesia, tua filha por contágio
Estrela-do-mar que também é ilha
- Única razão prò meu naufrágio. 

Joaquim Castanho

domingo, junho 05, 2016

SILHUETA PRIMAVERIL




SILHUETA PRIMAVERIL 

Se eu fosse perfeito
Como é a aurora das manhãs luminosas, 
Seria como tu... 

E bailaria entre luas e rosas
Qual hino eleito 
- Perfumado e nu! 

Joaquim Castanho

sexta-feira, junho 03, 2016

MOTIVAÇÃO UNIVERSAL




MOTIVAÇÃO UNIVERSAL 

Entraste no coração sem bater à porta
E marcaste o chão com pegadas frias, 
Comovendo-me a alma já quase morta
Plos desencontros, atropelos, arrelias... 
E ela, sensibilizada, o ideal exporta
Prà crua realidade de meus dias, 
Sabendo-se o sentido que mais importa
Se por humano é motivo de alegrias... 
Ou tristezas... Porém sempre inspirador. 
Sempre catapultando a nossa vontade
Para além do vil temor ou adversidade. 
Às vezes parece que é razão, outras amor; 
E até poesia, pelo tom arrebatador
Com que nos induz a propor a liberdade. 

Joaquim Castanho  

quarta-feira, junho 01, 2016

IMAGINAÇÃO E SENTIMENTO




IMAGINAÇÃO E SENTIMENTO 

Se apoderou da alma o inato -
Ficou refém do próprio instinto... 
A natureza por vestes, terno, fato
Cuja fatualidade 'tá no que sinto. 
Vergonha, é não amar, não ser exato
Nem fiel, e ver o comum por distinto; 
Esquecer ca vida é um contrato
Entre o querer e o real que pinto
Com palavras negras, ou da cor do giz. 
Que peço emprestadas ao sol, à lua
Para dizer o que quis e o que não quis. 
O que anseio, ou o que vejo na rua. 
E ter essas promessas que te não fiz
Como se fossem a querência tua! 

Joaquim Castanho