A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, março 11, 2011

Há Sorrisos no Ar da Récita Atenta...

Esse teu sorriso traz entre aspas a palavra,
Entre o sinal de maior e menor a língua diz
Que o chão é só folha branca de quem lavra
Mordendo polpa ao sonho na verdura da raiz.

É o gesto que desarma a ira, e tristeza escrava,
Faz a melancolia perder seu fado em dó infeliz
Somando esperança onde o ser e ânimo encrava,
Pondo Sol radioso na sombra escurecida e gris.

E mais que a alma ainda por dizer me inventa
Quando a doçura do mel não é assim tão doce
Nem a frescura da água sega a sede como foice,


Então, é ele, esse teu sorriso que ao ar me aventa
Para voar até onde nem sequer a luz estelar tenta
Beijar o sonho da ousadia que nesse beijo eu fosse!

quinta-feira, março 03, 2011

Sentires Con(m)Sentidos



Dizem das almas os tímidos esgares retinentes
As sombras sobretudo, mais que a voz sustenida
Porém, das horas há ainda estes minutos ausentes
Em que o reverso de ver-te é peso de mor medida.



Mais que a dor, mais que os sinais intermitentes
A esculpir a luz, só pelos silêncios interrompida,
Que sentir vai muito além dos sentidos vigentes
Sendo sentires todos sentidos da alma consentida.



E nessa ânsia, ainda mais camoniana se consente
A alma, se consigo arrastando assim teu corpo vem
Dessa a que nossa sentida alma chama maior bem...



Então, lhe dá valor, muito valioso, aquela leda mente
A que o destino põe e exige destinta nota destemida:
Uns, chamam-lhe amor; outros, fortuna – eu, apenas vida!