A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quinta-feira, março 20, 2008

Ser Amado Regressa Ágil

Os olhos longínquos unidos no mesmo horizonte
Planeta tão distante que seu gritar é sempre aqui
As mãos dadas na esquina do tempo, a balancear
Qual vaivém de navegar a sofreguidão dos olhos

O gesto... Esse resiste único, pronto de prontidão
Argonauta do espaço-quando entre o passado e a ficção.

Há um tanto de vento e chuva, mas que importa
Se nenhuma é a luva na pele da palma que se toca.

Os olhos unidos despem o horizonte e gritam
Todos os planetas que te nasceram da voz,
Vaivéns ao balanço das mãos que se tocam
E dizem escrevendo o futuro com laços de nós.

Pontos da rede elástica do verbo prò salto feito voo
Regresso do rosto na tarde plástica, cotão de sonho
Nuvem esculpida, lavrada no olhar que agora tenho
Verbo com que desenho aquela que ao vê-la, é lenho
Madeiro, a que preso e crucificado, com alegria, estou.

E me dou, partido, entregue, transparente embrulho frágil
Quando me rasgas na serena ânsia de retornar-te ágil
Prestes e lesto que distante de ti sou pó e pouco presto

Nada do nada, dor de silêncio apagado e morto de meu resto!

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