@dorno(s) de Vénus
Creio haver enlevados mistérios de figos e mel em teu sorriso
Resina láctea de espuma sobre que navega a concha ancestral
Íman de vulcanizar o leito de fogo e acender o cadinho do céu
Súbdito teu sou e o azul ao crepuscular manto de tuas ordens
Tulha de Hefesto onde cintilam ainda faúlhas no pó das cinzas
Istmos de solidão que recusam apagar-se aos faróis navegantes
Naves silvestres balançados vaivéns das ondas nas clepsidras
Areias intemporais aspergidas de seiva oceânica se afirmam...
Chegaste sobre praia e tens a voz de Júpiter em tua meiga mão
Vinda do infinito das águas ao desconhecido mundo liquefazes;
Não obstante, entre as pérolas dos lustres das noites sem noite
"Che is my leader" canta outro Sinatra nas clareiras das florestas
Cimento entre cimento quase tudo e algumas janelas iluminadas
Filhas da revolução erguendo seu direito punho aperrado ao Sol!
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